Um
cão ladrando à lua. Sua cova medida
Funda.
A lua se mostrando ilesa e ilegal aos meus olhos
Fundos.
O corpo pregado e inerte. Desfiados os fios
Dos meus
cabelos. O suntuoso grito.
O cheiro
áspero. A faca que já não corta.
Quem
será que pode abrir a porta?
O
cão que ladra quando eu passo.
O
meu passo que cheira o cão, e que não mostra
A rudeza
de minha fatigada mão que levo
À torneira,
mas que despida do pudor:
Lavo-a,
seco-a e cheiro-a.
Quem
dirá à Morte que hoje é dia de Vida?
(02/06/2013
– Ijuí)
Poeta!
ResponderExcluirAqui algo intrigante... quem não se interroga frente a ideia de Vida ou Morte...
Gostei muito.
Parabéns!
Admirador