quinta-feira, 13 de junho de 2013

PROSTITUIÇÃO DIÁRIA

Ao som alto e eloquente cantarei.
Cantarei, sim, a um mundo ilusório
Onde... Onde... Onde me seja licito dizer
Dizer, bendizer e maldizer a vida.

Cantarei o meu bordão nefasto.
Cantarei a minha canção de escárnio
E, por final, não negarei uma anedota.

Ao som alto e eloquente declamarei
Um poema às putas, que subordinadas
São à carne, muitas vezes sem desejo.
Declamarei um poema a essa classe ínfima
Tão abaixo do nível dos rios, compondo
Sempre e sempre a mesma partícula.

Declamarei a poesia viva dentro do humano.
Declamarei à Lua de minha janela lunar
E, depois, beberei do vinho e provarei da carne.

(13/06/2013 – Santa Maria)

Um comentário:

  1. Poeta!
    As palavras bem dosadas , com sonolridade e beleza.
    Encontro tudo isto aqui.
    Parabéns!
    Admirador

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