Sangra...
Sangra...
Sangra
mais que eu lhe dedico
Essas
palavras supérfluas
Perdidas
em meio ao gelo.
Palavras
estas que eu manuseio
Forjadas
ao calor e ao frio.
Sangra
por sobre esse leito quente.
Sangra
dentro desse cálice, para ser
O meu
vinho tinto à noite.
Sangra
para que eu me aqueça
Dentro
do nada dessa banheira com água.
Sangra...
Sangra mais que eu lhe enalteço.
Pois
do sangrar fez-se a atriz mais memorável
Pois
do sangrar fez-se a sangradora mais perfeita
Pois
do sangrar rendeu a vida pela morte
Pois
do sangrar roubou-me a forma e a sorte.
Sangra...
Sangra mais... Que por final
Colherei
teu sangue... (“SANGUE”)
(10/06/2013
– Santa Maria)
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