sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A PODRIDÃO QUE NOS CERCA


Por que vês se olhos não possui?
Se para a poesia não emprega tempo?
Se para a arte de expressar não tens orgulho?
Diga-me. Encha a boca para os textos sem inspiração
Para os textos de um mundo caduco e sem valor
Mesmo quando os corpos perdem a vida
Perdem todo o teor: a poesia fica.
Com o tempo se edifica e acalma a alma
Do outro a aprender. A crer que hoje o dia foi difícil
Mas o amanhã poderá ser pior.
Vem, diga-me. Encha a boca para a reclamação
Para bem dizer os textos sem sentimentos
Esses textos que hoje podem ser lidos
Mas que nunca, nunca na vida vão ser levados
E lidos dez anos depois. Textos esses que nunca
Nunca na vida serão lembrados e nem ao menos sentidos.

(28/12/2012 – Ijuí)

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