Cansas
de me ver passar
com
o rabo do olho.
O
instinto em flor de um animal
não
se torna belo
o
arquivo de que te fala,
o
som materno, ou o som celestial.
Não
me culpes pelos erros afins
de
que um dia cometi,
mais
belo que o céu limpo
(estrelas
mil)
se
torna o corpo de quem ama
ou
de quem um dia provou
o
doce sabor do amor.
Cansas
de me ver passar
límpido
e tranqüilo,
com
medo (pai de quem vive)
e
busca uma faca fria
refletida
das estrelas que iluminam
o
céu brusco.
Vai
chover.
E
cantas a cantiga do sopro.
E as
conchas do mar se esgotaram
e
não vivem mais os crustáceos.
Os
anfíbios saltitantes: sapos,
não
são mais gelados que a alma
de
quem recusa o amor em flor.
Ressoam
as vozes que um dia viveram
e
agora, não somente, se esgotam.
Retumba
a tua angústia de um novo amor
solene.
Voz que chama
e
que me maltrata.
(31/01/2012 – Ijuí)
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