terça-feira, 25 de dezembro de 2012

PLANTANDO O DESEJO


Replantei... Replantei a flor
Que me secou no peito.
Toda a dor, a dor da perda
A dor da luta, a dor que move
Essa secou e se morreu.
Não busco mais a dor
Nem mesmo num amor
Sufoco a minha alegria.
Busco a carne, quente
Ou fria... Na lonjura do
Meu quarto... Aberto.
Desejo... Ai, como o desejo
Me movimenta, como ele
Me conforta. E um dia
(Eu sei) não me
Confortará. Basta amar
E nunca na vida desamar.

(25/12/2012 – Ijuí)

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