segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A VISÃO DE UM POETA


1.
Prendo-me à atitude de mesma
prática afiada, competente;
e o sopro do dia flutuante
que não se perde ao dilema.
Fuga incontida ao mérito do poeta
que se perde nas veias, artérias;
e os cálculos se fixam nas próprias áreas
com o manuseio da caneta discreta.

2.
Busco a incontável – bem que falo –
pureza e clareza de minha escrita;
digo palavra que deve ser dita
e depois de dita reflito e paro.
Na atitude mesma de se viver
confundindo a cabeça dos outros;
bem que digo nos meus versos
com a visão nítida para se ver.

(29/05/2012 – Ijuí)

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