Canto
porque a vida quis assim.
Sem tirar
nem por o amor
Vem e
me faz bem. Eu sei de cor.
A canção
que me banha
E me
maltrata. E me beija doce...
A canção
que é às vezes enfadonha
E que
me toma o solo úmido
A roupa
mortuária. E me beija doce...
A canção
que outro dia era linda
Perdidamente
bela. Extremamente
Rígida
rimada, toda metrificada
Ela que
era a minha preferida
E hoje
mesmo é odiada.
Canto
porque o dia fez assim
Canto
porque o sopro vem de mim
Canto
porque sou alegre e já fui triste
Canto
porque o sol ilumina toda a Terra; e existe
Outra Terra dentro de nós.
(28/12/2012
– Ijuí)
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