Sinto-me
assim, cada vez
mais
pobre e insano.
Cada
vez mais
cada
vez menos
cada
vez se torna o tudo
e o
tudo cada vez
me consome
as entranhas,
banha
minha boca
com esse
sangue rubro.
Veneno
de serpente.
Desejo
o que
o desejo me puder dar.
Eu
desejo.
Desejo
a ela
e a
ela desejo cada vez mais.
Cada
vez menos
penso
em minha pessoa,
por isso
me sinto
assim, cada vez
mais
pobre e insano,
pois
de todo sofrimento
me restou
ao corpo e cérebro
o que
mais movimenta
a vida
do homem:
o desejo.
(02/05/2012
– Ijuí)
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