sábado, 22 de dezembro de 2012

A VINICIUS DE MORAES


Vou ler Vinicius.
Sonhar lagos,
viver amores que nunca tive,
precisar de alguém que nem me precisa
cansado de tentá-la em outros dias.
Vou ler e viver a poesia.
Cansado de chamar teu nome
nessa intensa maresia
o cativeiro me consome.
Preciso mesmo é de anestesia.
Vou ler Vinicius,
esse me entende.
Vou ler e talvez me perca –
não seria uma saída.
A minha carne te precisa, moça bela
assim como o meu ser
torna-se alto e majestoso
com o teu nome grandioso
dando-me o Adeus.
Vou ler Vinicius:
esse sim me entendeu...

(22/12/2012 – Ijuí)

Um comentário:

  1. É preciso vida.. Um deixar tomar-se. Intensão. Poesia é assim. 'Percorre sons, trinados, urros, rouquidão'. Poesia é asa, nuances, cintilâncias. As vezes navalha. Corte seco. Outras, burburinho de beira de rio, farfalhar de folhas ao vento... Espelho de humanidades!
    Parabéns Érico!

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